Adeus...Marrie!

Durante tanto tempo eu estive ao teu lado ouvindo tua inúteis lamentações, teus sonhos bobos, teu "mal- de- amor", enfim tudo mais que tu depositavas em minha confiança...

Sempre fui teu amigo, nunca quis apenas sê-lo e tu sempre estiveste a par de meus sentimentos, no entanto nunca me deste uma chance para mostrar-te o quão profunda era (e talvez ainda seja) minha afeição por ti.

Porém, agora Marrie, já não posso mais aguentar tua futilidade, as tristezas infundadas, as lamentações de um suposto amor que não te corresponde, nem sente se quer metade daquilo que tenho te oferecido...

Tu, sempre tu Marrie... Para ti o mundo talvez não passe de bailes, vestidos e galanteios. Tua vida gira em torno de ti mesma, não és capaz nem mesmo de oferecer uma palavra amiga a quem te quer tão bem!

Ah, como fui tolo! Percebi tardiamente que jamais receberia seu carinho ou quem sabe um agradecimento. Não que eu queira cobrar o apreço que tenho por ti, entretanto sinto-me como se meus conselhos não te servisse para nada.

Não queria, não pretendia dizer-te adeus, todavia é necessário a mim.

A partir de agora, não me procures pedindo ajuda ou para o que for... Tu nunca me deste ouvidos, não seria agora que tu te tornarias um anjo, pois nada tens de anjo além da cara. Tuas palavras me machucaram, pretendo tira-la de minha mente, de meu coração. Não quero mais tua companhia, teus falsos sorrisos, agora sei que não passo de um estorvo em teu caminho.

E não venhas dizer-me que tudo foi dito no calor das emoções, pois jamais vou esquecer o brilho nos teus olhos com o qual me disseste que sirvo-te apenas de "desconto" das tuas fúrias e ânsias...

Adeus... Marrie, cuida-te, pois agora meus cuidados já não são para ti.

(Manuella Monte Santo)

~> É, a Marrie deveu!