26 agosto 2007

Doce Tempestade



Ah! Vento me leve! Me leve para longe de mim, de toda essa confusão, dessa gente doente que não entende o que é viver; não sorri, não chora, nem sabe o que é amar.
Sou tão pequena e não posso competir nesse mundo desigual... Pessoas forte não choram, não sentem medo, e eu sinto... Mas quem sou eu pra querer sorrir, pra querer sentir? Será que mereço a felicidade, ou meu destino é ser sempre só?
Não quero mais ser assim... Antes eu usasse uma mascara e escondesse quem sou, fingisse... mas não consigo, não posso me esconder porque ESSA SOU EU! Por mais que eu tente jamais conseguirei ser diferente.
Vamos vento! Vamos, descarregue toda a sua fúria em mim! O que você esta esperando pra acabar comigo? Traga essa tempestade e jogue-a sobre mim... Se meu destino é a solidão, a escuridão, então que seja! Não posso mais lutar contra mim mesma, não posso mais tentar se quem não sou! Então se ser quem sou é crime, então que os céus me castiguem! Eu aceito... Aceito o que for, pra não ser mais um estorvo...
Ah vento... se você soubesse o que sou, talvez me ajudasse a entender o há de errado em mim... Porém, quem se importa? Quem se importaria com um grão de areia? Quem se importaria comigo?!?
(Manuella)

-->Apenas uns pensamentos doidos que botei no papel esses dias...

~*~

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. (...)
Arre, estou farto de semideuses!Onde é que há gente no mundo? (...)"
(Fernando Pessoa)

4 comentários:

Anônimo 26 de agosto de 2007 às 20:52  

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. (...)
Arre, estou farto de semideuses!Onde é que há gente no mundo? (...)"
(Fernando Pessoa)

Maravilhoso seu texto, viu. Serviu como luva prá mim.. e este Fernando Pessoa ainda mais.

Que lindo. Parabéns.

Beijos

Carmim 27 de agosto de 2007 às 19:16  

Fernando Pessoa sempre com as palavras certas... e as dele encaixam perfeitamente nas tuas.

Mas sabe, fiquei a pensar que o nosso maior dever para connosco, é sermos verdadeiras e autênticas.
Se isso vai incomodar os outros? Pois que incomode. Sabemos que ninguém é perfeito, que todos têm os seus telhados de vidro, logo, jamais devemos nos castrar por causa de quem quer que seja.

Beijos.

Fabio Valentim 28 de agosto de 2007 às 10:08  

Nossa, mas que belo poema! Às vezes preciso que este vento nos leve para um lugar bem longe dessa gente medíocre mesmo.

Do Heart 28 de agosto de 2007 às 22:27  

Melancolia... como me identifico com esse texto, em como as máscaras que uso só serve pra me enganar a mim próprio...
Texto tocante, muito mesmo!
Não podemos deixar de ser quem somos, afinal deixaríamos de ser nós próprios, confuso né?
Repito, texto carregado de sentimento que dá nó na garganta...
:s
Jytux

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