29 julho 2007





Ela olhou pra janela. Jamais havia visto um céu como aquele (e se o vira, talvez nem notara) de um azul escuro intenso, com nuvens quase púrpura, e a lua... Ah aquela lua prateada lhe sorria quase como um convite para sumir daquela cidade.Como seria bom deixar tudo para trás, esquecer de tudo, mas ela sabia que fugir não ajudaria a aliviar todo o desespero que sentira ao abandonar um pedaço de sua vida.

No fundo ela sabia que não era desespero e sim alivio, e esse a desesperava por dentro, uma espécie de culpa por fazer algo certo sem que realmente o quisesse fazer.

Deixar 7 anos de sua vida escaparem assim, era loucura, mas não seria honesto fingir, então teve de deixá-lo. Talvez, um dia, ela se arrependesse, mas naquele pequeno quarto de hotel, tinha em sua mente a certeza de que tudo mudaria e seria melhor dalí para frente...

Não olharia mais para trás ou derramaria mais lágrimas, afinal tinha de ser forte, e não podeia mais deixar que aquela situação a perturbasse.

Derepente, algo lhe puxa daquele devneio. Era celular! Seria ele? Não podia atendê-lo, não devia, ouvir sua voz seria fatal, ela acabria voltando, e voltar significava tristeza... Tinha de desligar o celular, deixar de vez aquele cujo o amor machucava, a simples lembrança lhe matava...

Ali seria o adeus definitivo! Fitou o celular, sem hesitar e arremessou-o pela janela. Ela ficou lá olhando a queda e o esboço de um quase sorriso lhe transformou a face.

1 comentários:

Anônimo 2 de agosto de 2007 às 22:08  

E lá se foi, um celular voador, levando uma pequena corrente, fina quase que invisível, corrente da duvida que se partiu...
Palavras fortes moça, um conto cheio de cenas que quase todos ja passamos, assim desenhamos elas ao ler...

Otimo fim de semana pra tu...

:*

Labels

Recent Posts

About This Blog

  © Blogger template 'Neuronic' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP